terça-feira, 24 de setembro de 2013

OS PLANETAS DO SISTEMA SOLAR

Representação esquemática do Sistema Solar.

Os planetas do sistema solar são divididos em dois grupos: os planetas rochosos que são Mercúrio, Vênus, Terra e Marte e os gigantes gasosos que são Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. Desde 2006, Plutão é classificado como um planeta anão. Júpiter, o maior planeta do sistema solar, é cerca de onze vezes maior que a Terra e possui aproximadamente 318 vezes mais massa que a Terra.O Sistema Solar é também constituído por cinco planetas anões:Plutão, Ceres, Éris, Makemake e Haumea.  Uma frase mnemônica para lembrar a ordem é: 
Meu
E
R
C
Ú
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I
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Velho
Ê
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S
Tio
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Um
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Netuniano
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N
O
MERCÚRIO
Mercúrio é o planeta mais interior do Sistema Solar. Está tão próximo do Sol que este, se fosse visto por um astronauta de visita ao planeta, pareceria duas vezes e meia maior e sete vezes mais luminoso do que observado da Terra.
O movimento de Mercúrio caracteriza-se ainda por uma particular relação entre o seu eixo e a revolução orbital à volta do Sol: o período de rotação, igual a 58,65 dias terrestres, dura exatamente dois terços do período orbital (o seu "ano" ) que é igual a 87,95 dias.
Em Mercúrio foram observadas estruturas ausentes na Lua, entre as quais um sistema de grandes fracturas da crosta, geralmente interpretadas como indícios de que o planeta sofreu um processo de contração, provavelmente pelo efeito do gradual arrefecimento que teve lugar a partir de sua formação
VÉNUS
Paisagem de Vénus, fruto da fantasia de um pintor. Sabe-se que no passado Vénus sofreu uma intensa atividade vulcânica e pensa-se que ainda poderá ocorrer a expulsão de gases e de lava.
Vénus, o segundo planeta do sistema solar por ordem de distância ao Sol, é o que pode aproximar-se mais da Terra e o astro mais luminoso do nosso céu, depois do Sol e da Lua. A órbita que o planeta percorre em 225 dias é praticamente circular. A rotação sobre o seu eixo é extremamente lenta, com um "dia" que dura quase 243 dias terrestres, efetuando-se em sentido retrógrado ao contrário dos outros planetas rochosos do Sistema Solar.
A superfície deste planeta é um verdadeiro inferno, com uma pressão atmosférica 90 vezes superior à da Terra e uma temperatura de 500º C, devido ao ?efeito de estufa?. A sua atmosfera compõe-se, quase por inteiro, de dióxido de carbono (CO2), com um pouco de nitrogênio.
TERRA
A Terra é o terceiro planeta do sistema solar, a contar a partir do Sol e o quinto em diâmetro.
Entre os planetas do Sistema Solar, a Terra tem condições únicas: mantém grandes quantidades de água, tem placas tectônicas e um forte campo magnético. A atmosfera interage com os sistemas vivos.
A ciência moderna coloca a Terra como único corpo planetário que possui vida, na forma como a reconhecemos.
MARTE
Marte, ao lado, numa montagem fotográfica, a partir de imagens captadas pela sonda ?Viking Orbiter? da NASA. É o resultado da composição de mais de uma centena de imagens, obtidas quando a sonda girava a 32.000 Km da superfície do planeta.
Conhecido pela sua característica coloração avermelhada, o planeta gira em volta do Sol a uma distância média de 228 milhões de quilômetros. A sua trajetória é marcadamente elíptica, demorando 686,98 dias para dar uma volta completa em redor do Sol e o seu plano orbital tem uma inclinação de apenas 1,86º em relação à órbita terrestre. Acompanham-no no seu movimento de revolução dois pequenos satélites (Deimos e Fobos) descobertos em 1877.
Sendo o mais exterior dos planetas rochosos, é um pequeno e árido globo de atmosfera ténue, cuja estrutura interna ainda não é bem conhecida. No entanto, através da densidade média, do achatamento polar e da velocidade de rotação, é possível deduzir que o planeta tem um núcleo de ferro e de sulfato de ferro com cerca de 1.700 Km de raio, e uma crosta com cerca de 200 Km de espessura.
JÚPITER

O planeta gigante é o centro de um sistema composto por 63 satélites e um ténue anel. Embora Vénus o supere em esplendor no céu da aurora ou do crepúsculo, Júpiter é sem dúvida, o planeta mais espetacular, inclusive para quem apenas disponha de um modesto instrumento óptico para a sua observação. Com o nome do rei dos deuses da tradição greco-romana, situado a uma distância média do Sol de 778,33 milhões Km, demora 11,86 anos a descrever uma órbita (ligeiramente elíptica) completa.
O que mais impressiona neste planeta são as suas gigantescas dimensões. Com um raio de 71.492 Km, um volume 1.300 vezes superior ao da Terra e uma massa equivalente a quase 318 massas terrestres, Júpiter supera todos os outros corpos do Sistema Solar, exceptuando o Sol.
A formação mais espetacular da atmosfera de Júpiter é a denominada Grande Mancha Vermelha, uma perturbação atmosférica, com mais de 30.000 Km de extensão, que já dura há 300 anos.
 SATURNO
Até 1977, foi mais conhecido pela particularidade de ser o único planeta rodeado por um sistema de anéis. A partir de então, graças às avançadas observações realizadas a partir da Terra e às fascinantes descobertas das sondas ? Voyager?, Saturno tornou-se uma atração universal.

Depois de Júpiter, Saturno é o maior planeta, com uma massa e um volume 95 e 844 vezes, respectivamente, superiores aos da Terra. Destes dados deduz-se que tenha uma densidade média equivalente a 69% da da água, o que indica que na composição deste corpo celeste predominam os elementos leves, como o hidrogênio e o hélio.
Em Saturno também se observam várias formações semelhantes a ciclones, de cor parda ou clara, embora nenhuma comparável à Grande Mancha Vermelha de Júpiter. Trata-se de óvalos de cerca de 1.200 Km, de duração breve e presentes apenas nas latitudes altas.
URANO
O primeiro dos planetas descobertos na época moderna, só é visível à vista desarmada em condições especialmente favoráveis. Situado a uma distância média do Sol de 2.871 milhões Km, demora 84,01 anos a descrever uma volta completa à volta do astro.
   É um planeta singular, cujo eixo de rotação coincide praticamente com o plano orbital. Com o raio equatorial de 25.559 Km e a massa equivalente a 14,5 massas terrestres, o planeta Úrano pode considerar-se irmão gémeo do longínquo Neptuno. A coloração verde-azulada da atmosfera deve-se à abundância de metano gasoso (2% das moléculas) que absorve a luz do Sol. Além disso, o composto condensa-se a altitudes bastante elevadas e forma uma camada de nuvens.
 NEPTUNO
A órbita de Neptuno situa-se a uma distância de 4.497 milhões de quilômetros do Sol e para completar uma volta necessita de 165 anos. Assim, desde que foi descoberto (em Setembro de 1846) ainda não descreveu uma volta completa em redor do Sol. O planeta possui uma massa 17 vezes superior à da Terra, e uma densidade média igual a 1,64 vezes a da água. Como todos os gigantes gasosos, não apresenta uma separação nítida entre uma atmosfera gasosa e uma superfície sólida, pelo que se define convencionalmente como nível zero, o correspondente à pressão de 1 bar.
A sua atmosfera é constituída, basicamente, por hidrogênio e hélio, com uma pequena percentagem de metano. Este último composto, que absorve a luz vermelha procedente do Sol, confere-lhe a coloração característica e influencia a meteorologia e a química do planeta.

NomeDiâmetro
equatorial[a]
Massa[a]Raio
orbital (UA)
Período orbital
(anos)[a]
Inclinação
com o equador do Sol
 (°)
Excentricidade
orbital
Período de rotação
(dias)
Satélites
naturais[c]
AneisAtmosfera
TerrestresMercúrio0,3820,060,390,243,380,20658,640nãomínima
Vênus0,9490,820,720,623,860,007−243,020nãoCO2N2
Terra[b]1,001,001,001,007,250,0171,001nãoN2O2
Marte0,5320,111,521,885,650,0931,032nãoCO2, N2
Gigantes gasososJúpiter11,209317,85,2011,866,090,0480,4166simH2He
Saturno9,44995,29,5429,465,510,0540,4361simH2, He
Urano4,00714,619,2284,016,480,047−0,7227simH2, He
Netuno3,88317,230,06164,86,430,0090,6713simH2, He
Planetas anões
Ceres0,080,000 22,5–3,04,6010,590,0800,380nãonenhuma
Plutão0,190,002 229,7–49,3248,0917,140,249−6,395nãotemporária
Haumea0,37×0,160,000 735,2–51,5282,7628,190,1890,162
Makemake~0,120,000 738,5–53,1309,8828,960,159 ?0 ? ? [d]
Éris0,190,002 537,8–97,6~55744,190,442~0,31 ? ? [d]
a Medidas relativas à Terra.
b Veja artigo sobre a Terra para os valores absolutos.
c Júpiter tem a maior quantidade de satélites assegurados (63) no Sistema Solar70
d Como em Plutão, suspeita-se da existência de uma atmosfera temporária quando perto do periélio.
Texto adaptado de diversas fontes.

Comparação de tamanho entre os Planetas do Sistema Solar

Comparação de tamanho entre os Planetas do Sistema Solar

Nem sempre as ilustrações mostram de um jeito apropriado o tamanho dos planetas e as distâncias que separam cada um deles em relação ao Sol. Os planetas muitas vezes são mostrados nos livros juntos uns dos outros. 
As imagens abaixo mostram o tamanho relativo de alguns astros do Sistema Solar e estrelas. 
Nesta primeira imagem, veja que entre a Terra e Vênus quase não tem diferença de tamanho. O raio equatorial da Terra é de 6378 km, enquanto o de Vênus, 6051 km.
O raio de Marte é de 3397 km. Mercúrio tem 2439 quilômetros de raio, já Plutão, tem 1160 km. 
Júpiter é o maior planeta do sistema solar tem 71492 quilômetros de raio, 11 vezes maior que o raio do nosso planeta. Saturno, o segundo maior planeta, tem 60268 quilômetros de raio. 
Urano tem 51108 quilômetros e raio e Netuno tem 49538 quilômetros de raio. Mas, observe na figura que mesmo assim são maiores que a Terra.
O Sol com seu raio, de 695 mil quilômetros é 100 vezes maior que o raio terrestre. Mesmo sendo grande Júpiter fica muito pequeno perto do Sol. E a Terra, fica minúscula, e Plutão, quase invisível.

A história de Galileu Galilei

A história de Galileu Galilei
Conheça a vida do cientista italiano que verificou que a Terra gira em torno do Sol

Quando a professora de Ciências escreve no quadro que a Terra se move ao redor do Sol e de seu próprio eixo, ninguém mais fica assustado. Afinal, hoje, o movimento da Terra em torno do Sol, chamado translação, é bem conhecido. Também é sabido que os dias e as noites derivam do movimento de rotação – aquele em que a Terra faz ao redor de si mesma, do seu próprio eixo.

O matemático, astrônomo e físico italiano Galileu Galilei
Mas você sabia que nem sempre se pensou assim? Até o início do século 17, acreditava-se que a Terra ficava imóvel no centro do Universo e que o Sol, os planetas e as estrelas giravam ao seu redor. Na época, pensava-se até que, se a Terra girasse, os animais acabariam tontos! A hipótese de que o nosso planeta estava no centro do Universo constava nas escrituras sagradas e era defendida pelos padres. Como eles eram os maiores detentores de conhecimento, quem ousaria duvidar?
O cientista que imaginou um universo diferente do que a Igreja pregava foi o astrônomo polonês Nicolau Copérnico (1473-1543). Segundo sua teoria, o Sol estava no centro do Universo e os planetas giravam ao seu redor. Na época, Copérnico não conseguiu provar que o universo se organizava dessa maneira. Mesmo assim, foi advertido pela Igreja por estar se intrometendo em assuntos religiosos. Quem primeiro verificou que o Universo era bem diferente daquele que a Igreja aceitava foi o cientista italiano Galileu Galilei (1564-1642). Isso fez com que cada vez mais cientistas mudassem sua maneira de pensar, chegando a provar, finalmente, que era a Terra que se movia.
Em meados do século 16, havia um costume curioso nas famílias patrícias toscanas: o filho mais velho podia receber um nome de batismo derivado do sobrenome dos pais. Quando nasceu o primeiro filho de Vincenzio Galilei e Giulia Ammannati Galilei, em 15 de fevereiro de 1564, eles não pensaram duas vezes: o bebê se chamaria Galileu Galilei. O menino cresceu, estudou medicina por quatro anos na Universidade de Pisa, mas abandonou a carreira de médico para estudar matemática e física, suas paixões.
Mas como Galileu fez isso? Bom, tudo começou quando ele conheceu um instrumento inventado na Holanda, chamado luneta. Era o ano de 1609, e Galileu decidiu aperfeiçoá-la. Em um ano, ele conseguiu melhorar a capacidade de aumento e aproximação do instrumento em 20 vezes! Nascia ali o telescópio moderno. Na época, acreditava-se que todos os corpos celestes eram esferas perfeitas e imutáveis. Mas com seu instrumento de observação, Galileu conseguiu ver as formas acidentadas da Lua. Ele viu também manchas escuras se movendo na face do Sol, e percebeu que o planeta Vênus tinha fases como a Lua. Suas observações levavam a crer que Nicolau Copérnico estava certo quando disse que a terra girava ao redor do Sol. Por isso, Galileu foi repreendido pela Igreja Católica em 1616.

Acatando as ordens da Igreja, Galileu silenciou sobre o tema por sete anos. Logo ele, que declamava suas idéias em alto e bom som em jantares e debates, teve que se calar. Mas não parou de produzir! Galileu pesquisou coisas que afrontassem menos as idéias da Igreja, como colocar os satélites de Júpiter a serviço da navegação para ajudar os marinheiros a calcular a longitude das embarcações no mar.
Mas uma pessoa fez Galileu voltar a estudar os movimentos dos planetas…
http://chc.cienciahoje.uol.com.br/a-historia-de-galileu-galilei/