sexta-feira, 27 de abril de 2012

CARTA ENDEREÇADA AOS JOVENS DO BRASIL

CARTA ENDEREÇADA AOS JOVENS DO BRASIL
Publicado em 4/18/2003
Patricia
Meu nome é Patrícia, tenho 17 anos, e encontro- me no momento quase sem forças, mas pedi para a enfermeira Dani, minha amiga, para escrever esta carta que será endereçada aos jovens de todo o Brasil, antes que seja tarde demais.

Eu era uma jovem "sarada", criada em uma excelente família de classe média alta de Florianópolis.

Meu pai é Engenheiro Eletrônico de uma grande estatal, e procurou sempre para mim e para meus dois irmãos dar tudo de bom e o que tem de melhor, inclusive liberdade que eu nunca soube aproveitar.

Aos 13 anos participei e ganhei um concurso para modelo e manequim para a Agência Kasting e fui até o final do concurso que selecionou as novas Paquitas do programa da Xuxa.

Fui também selecionada para fazer um Book na Agência Elite em São Paulo.

Sempre me destaquei pela minha beleza física, chamava a atenção por onde passava.

Estudava no melhor colégio de "Floripa", Coração de Jesus. Tinha todos os garotos do colégio aos meus pés. Nos finais de semana freqüentava schoping, praias , cinemas, curtia com minhas amigas tudo o que a vida tinha de melhor a oferecer a pessoas saradas, física e mentalmente.

Porém, como a vida nos prega algumas peças, o meu destino começou a mudar em outubro de 1994.

Fui com uma turma de amigos para a OCTOBERFEST em Blumenau.

Os meus pais confiavam em mim e me liberaram sem mais apego.

Em "Blu", achei tudo legal, fizemos um esquenta no "Bude,"famoso barzinho da Rua XV.À noite fomos à "PROEB" e no "Pavilhão Galegão" tinha um "schow maneiro" da Banda Cavalinho Branco. Aquela movimentação de gente era "trimaneira".

Eu já tinha experimentado algumas bebidas, tomava escondido da mamãe o Licor Amarula,mas nunca tinha ficado bêbada.

Na quinta feira, primeiro dia de OCTOBER, tomei o meu primeiro porre de CHOPP,que sensação legal, curti a noite inteira "doidona", beijei uns 10 carinhas, inclusive minhas amigas colocavam o CHOPP numa mamadeira misturado com guaraná para enganar os "meganha", porque menor não podia beber; mas a gente bebeu a noite inteira e os "Otário" não percebiam.

Lá pelas 4 h da manhã, fui levada ao Posto Médico, quase em coma alcoólico, numa maca dos Bombeiros. Deram-me umas injeções de glicose para melhorar.

Quando fui ao apartamento quase "vomitei as tripas", mas o meu grito de liberdade estava dado. No dia seguinte aquela dor de cabeça horrível, um mal estar daqueles com tensão "pregmestru".

No sábado conhecemos uma galera de S. Paulo, que alugaram "apê" no mesmo prédio.

Nem imaginava que naquele dia eu estava sendo apresentada ao meu futuro assassino.

Bebi um pouco no sábado, a festa não estava legal , mas lá pelas 5.30hs da manhã fomos ao "apê"dos garotos para curtir o restante da noite.

Rolou de tudo e fui apresentada ao famoso baseado"Cigarro de Maconha", que me ofereceram.

No começo resisti, mas chamaram a gente de "Catarina careta", mexeram com nossos brios e acabamos experimentando.

Fiquei com uma sensação esquisita, de baixo astral, mas no dia seguinte antes de ir embora experimentei novamente

O garoto mais velho da turma o "Marcos", fazia carreirinho e cheirava um pó branco que descobri ser cocaína.

Ofereceram-me, mas não tive coragem aquele dia.

Retornamos à "Floripa" mas percebi que alguma coisa tinha mudado, eu sentia a necessidade de buscar novas experiências não demorou muito para eu novamente deparar- me com meu assassino "DRUES". Aos poucos meus melhores amigos foram se afastando quando comecei a me envolver com uma galera da pesada, e sem perceber eu já era uma dependente química; a partir do momento que a droga começou a fazer parte do meu cotidiano.

Fiz viagens alucinantes, fumei maconha misturada com esterco de cavalo, experimentei cocaína misturada com um monte de porcaria.

Eu e a galera descobrimos que misturando cocaína com sangue ela ficava mais forte o efeito, e aos poucos não compartilhávamos a seringa e sim o sangue que cada um cedia para diluir o pó.

No início a minha mesada cobria os meus custos com as malditas, porque a galera repartia e o preço era acessível.

Comecei a comprar a "branca" a R$ 7,00 o grama, mas não demorou muito para conseguir sòmente a R$ 15, 00, a boa que eu precisava no mínimo 5 doses diárias. Saía na sexta- feira e retornava aos domingos com meus "novos amigos".

Às vezes a gente conseguia o "extasy", dançávamos nos "Points" a noite inteira e depois farra.

O meu comportamento tinha mudado em casa, meus pais perceberam, mas no inicio eu disfarçava e dizia que eles não tinham nada a ver com a minha vida.

Comecei a roubar em casa pequenas coisas para vender ou trocar por drogas.

Aos poucos o dinheiro foi faltando e para conseguir ir grana fazia programas com uns velhos que pagavam bem. Sentia nojo de vender o meu corpo, mas era necessário para conseguir dinheiro.

Aos poucos toda a minha família foi se desestruturando. Fui internada diversas vezes em Clinicas de Recuperação.

Meus pais sempre com muito amor gastavam fortunas para tentar reverter o quadro.

Quando eu saía da Clinica agüentava alguns dias,mas logo estava me picando novamente. abandonei tudo: escola, bons amigos e família.

Em dezembro de 1997 a minha sentença de morte foi decretada; descobri que havia contraído o vírus da AIDS, não sei se me picando,ou através de relações sexuais muitas vezes sem camisinha.

Devo ter passado o vírus a um montão de gente, porque os homens pagavam mais para transar sem camisinha.

Aos poucos os meus valores que só agora reconheço foram acabando, família, amigos, pais, religião, Deus, até Deus,tudo me parecia ridículo.

Papai e mamãe fizeram tudo, por isso nunca vou deixar de ama-los.

Eles me deram o bem mais precioso que é a vida e eu o joguei pelo ralo.

Estou internada, com 24kg, horrível, não quero receber visitas porque não podem me ver assim, não sei até quando sobrevivo, mas no fundo do coração peço aos jovens não entrem nessa viagem maluca...

Você com certeza vai se arrepender assim como eu, mas percebo que para mim é tarde demais.

Obs. "Patrícia encontrava- se internada no Hospital Universitário de Florianópolis e descreve a enfermeira Danelise,que Patrícia veio a falecer 14 horas mais tarde, de parada cardíaca respiratória em conseqüência da AIDS. "



Depoimentos:



Vou contar um pouco sobre a minha convivência com usuários de drogas. Onde moro, é um quintal muito grande, com diversas famílias. A maioria das pessoas que lá vivem são meus parentes. Na frente da casa, que era do meu falecido avô, que agora é da minha tia, todo dia é feita uma fogueira. Ao redor dela, é que as drogas começam a rolar. Na minha família tem vários usuários como, por exemplo; minha tia, meu tio, meu pai, meu primo, uns dez amigos e mais algumas pessoas. Em 16/04/2012, por volta das 18h40min, tinha acabado de chegar da escola e minha tia me chamou para ir até a casa dela ver seu novo celular. Chegando lá, vi meu primo de 19 anos baforando lança-perfume e ouvindo funk muito alto. Ele estava muito loko, porque além de usar lança, ele tinha cheirado farinha. Continuou usando e por volta das duas da manhã, ele brigou com a esposa. Ela saiu de casa, ele foi correndo atrás. Chegando próximo a um supermercado ele não aguentou, caiu e em seguida teve uma parada cardíaca. Minha prima, ao voltar para casa, perguntou a um rapaz se ele tinha visto meu primo. O rapaz perguntou se ele estava com um documento na mão, ela respondeu que sim. Ele informou que meu primo estava quase morto, caído enfrente ao supermercado. Minha prima ficou desesperada. Em seguida, veio saber que quando chegou ao hospital, ele não resistiu e 
faleceu. Mesmo depois do ocorrido, as pessoas continuam a se reunir ao redor da fogueira, para usar drogas. Essas pessoas que são usuárias, não tem a menor noção do que as drogas causam, e continuam a usar.
Texto escrito por aluna da oitava série, da escola onde leciono.

Meu nome é Beatriz Gonçalves Lima. Tenho 16 anos e acho que assim como eu, todas as crianças quando pequenas imaginam seus pais como super-heróis. Era assim que eu o via, meu supermen. Conforme fui crescendo, percebi que a vida não era como eu imaginava, e que meu pai, assim como os dos outros era apenas um homem, com qualidades e defeitos. Cresci, e desde os meus três anos de idade, convivi com sua ausência, pois por diversas vezes, ele era internado em clínicas de reabilitação. Minha mãe, que é tudo para mim hoje, nunca me escondeu nada e também nem teria como, pois desde pequena sempre fui curiosa, e quando ele ficava ausente, eu perguntava o porquê, e minha mãe me explicava. Durante todos os anos, uma das coisas que mais me deixa triste é o Dia dos Pais, pois nas escolas sempre faziam lembrancinhas e minhas amigas me perguntavam sobre o meu pai, o que eu daria de presente a ele. Eu, com vergonha de falar onde meu pai se encontrava e o porquê dele estar lá, inventava que ele estava viajando a trabalho. Cada ano, uma viajem diferente. É claro que ele não ficou todos esses anos, completamente ausente. A cada lugar que era internado, ficava de 5 a 10 meses e depois voltava para casa dizendo que estava curado desse vício das drogas, em especial do crack. Era só ilusão. Passava de 2 a 4 meses sem se drogar e aí, conforme os problemas, e “os amigos” voltavam a aparecer na sua vida, ele recaia e era internado novamente. Como ele passava mais tempo internado, a maioria das vezes, o Dia dos Pais correspondia justamente quando ele estava ausente. Dá para contar nos dedos, os Dias dos Pais que passamos juntos. Isso tudo me deixa profundamente magoada, mas assim como hoje, eu não demonstro esse sentimento, pois minha mãe já sofreu muito com essa situação, e eu tenho que ser forte e ajudar minha mãe a cuidar do meu irmão, que está passando por essa ausência de pai, assim como eu. Em 2008, meu pai conseguiu ficar o ano todo sem usar drogas, ele estava se esforçando, lutando contra o vício. Mas veio o destino e levou minha avó paterna, para os braços de Deus, em 2009. Meu pai não aguentou a perda e voltou para o crack, tentando fugir da realidade e, desde então, nunca mais foi internado, ele mesmo não quer a cura do vício. Em 2010, depois de muito implorar, minha mãe, separou-se dele. Houve época que eu o odiava, não suportava nem ouvir seu nome. Quando as pessoas me perguntavam se eu tinha pai, dizia que não, pois meu pai tinha morrido para mim. Com o passar do tempo, percebi que essa minha revolta, estava deixando minha mãe triste e até depressiva. Meu pai, diferente de outras pessoas, quando ia se drogar, ficava trancado no quarto dele. Quando saia, não ficava agressivo, pelo contrário, ficava quieto, na dele, tudo que eu pedia, ele deixava, arrumava a casa, lavava louça, roupas, ele fazia de tudo e bem quieto. Hoje ele tem 39 anos, mora em São Bernardo do Campo, com meu tio. Em fevereiro deste ano, quando o vi pela última vez, ele estava conseguindo andar de muletas, pois ele teve um acidente vascular cerebral (AVC), ficou paralisado de um lado do corpo. Ficou acamado, usando fraldas, dependia totalmente da ajuda do meu tio. Eu, no início, até me preocupava com ele, queria saber se ele estava bem, precisando de ajuda, já que meu tio é enfermeiro e passa mais tempo no hospital do que em casa. Recentemente fiquei sabendo que mesmo sem poder andar direito, ainda com a ajuda de muletas, ele continua indo atrás do crack. Resolvi deixá-lo de lado. Minha mãe pede para eu ligar, para saber como ele está. Fico enrolando e acabo não ligando. Hoje tenho uma única certeza, que em breve receberei uma ligação aonde, alguém do outro lado da linha, irá me dizer: seu pai está morto. Meu pai, assim como a maioria dos usuários de drogas, começou com a maconha, até que os efeitos não mais o satisfaziam, passando assim, a usar o crack. Eu por ter presenciado várias cenas, poderia ser uma garota revoltada como mundo, ou poderia seguir seu exemplo e me drogar. Graças a Deus, tenho sonhos, objetivos. Minha mãe já sofreu demais e eu quero dar muito orgulho para ela. Pretendo ser uma grande médica, quero poder dar uma vida melhor para minha mãe e para meu irmão, que hoje são tudo que eu tenho,  não passo por dificuldades, falo de vida melhor, no sentido de felicidade.
Texto escrito pela aluna do 1º ano do Ensino Médio da escola que leciono.


Olá, meu nome é Vitória e tenho 10 anos. Bom eu recomendo não usar drogas porque isso é muito ruim para a nossa saúde e para a nossa vida.. Eu achei a história da Patrícia muito triste, mas quando minha professora leu, desde o começo, até o fim, percebi como é a droga, e que nós adolescentes, é muito fácil entrar nesse caminho do mal. A menina sofreu muito, fiquei com pena dela e essa história acontece muito na vida real, tem até criança nessa situação! Tem muitas pessoas querendo sair, mas o vício é tão grande que ela não consegue. Eu estava fazendo leitura na igreja onde frequento e apareceu um homem que tinha saído esses dias do hospital e quando eu ouvi essa história, deu pra perceber que ele queria sair disso, mas não conseguia. Gente, não aceite coisas de pessoas que você não conhece, porque pode até ter droga dentro (boa noite cinderela) Eu vou contar à história que aconteceu com a patrícia. É assim... Vocês, na sua vida têm dois caminhos; o do bem e o do mal. O do bem, é cheio de pedras, é como se fosse um chinelo velho, já o do mal, é cheio de flores é como se fosse uma sandália do melhor tecido. O que escolheu o do bem, encontrou muitas dificuldades, encontrou também pedras pequenas, que logo foram sendo ultrapassadas, tinha também pedras grandes que exigiram muito esforço, que o fez, por vezes,pensar em desistir, mas nessas horas encontramos os fortes e os fracos. Depois de superar tudo isso, o que lhe espera é um corredor de rosas, com pétalas que os pés podem pisar e um banquete com pão produzido com a melhor massa e o melhor vinho. Já o que escolheu o caminho mal, encontrou na sua frente, um caminho monstruoso. As flores viraram espinhos, entre muitas pedras, as sandálias viraram pés descalços e o banquete a saciar a sua fome era um pão velho e o vinho mais azedo da região. Isso acontece porque cada um tem a recompensa da decisão que tomará. No começo a patrícia era uma menina bonita e honesta, tinha tudo do bom e do melhor. Ao escolher o caminho do crack, não tinha força nem para escrever a carta que a minha professora leu. LEMBRANDO: Nós, adolescentes, adultos e crianças nãovamosentrar nesse caminho, que você não ganha nada, só perde, as amizades e até sua família.
Texto escrito por aluna da 5ª série da escola onde leciono.


Oi, eu sou a Júlia e estudo na quinta série. Eu acho que o futuro nós fazemos hoje, e temos que agradecer a Deus por sermos pobres e pedir para não cairmos na mão do vício, não só de drogas, mas de cigarro, bebidas alcoólicas, etc. A Patrícia foi esperta ao deixar-nos essa carta. Ela nos ensinou que droga é coisa séria e que não é só gente que tem problemas financeiros que usa droga, tem muita gente rica que morre por conta de drogas, bebidas e cigarro. Cada pessoa aprende com seus erros, tem gente que erra e não aprende nada, tem gente que aprende com os erros dos outros. No caso de Patrícia, ela aprendeu, mas aprendeu tarde demais.
Texto escrito por aluna da quinta série da escola onde leciono.

Meu nome é Natália Ferreira. Venho através desse depoimento, contar a imensa tristeza que durante anos fez doer meu coração. Meu pai bebia muito. Ele bebia tanto que as lembranças dos danos que ele causou em seus momentos de embriaguês, trago na memória. Aos três anos de idade lembro-me de uma discussão onde meu pai levava um facão ao pescoço de minha mãe com muita brutalidade. Eu, muito pequena só chorava, ao ver aquela cena que eu não entendia o porquê, mas sabia que fazia a minha mãe sofrer, chorava ao pedir ajuda. Em uma dessas discussões turbulentas, minha mãe grávida de sete meses, foi empurrada escada abaixo. Por sorte ou pela mão de Deus que a segurou o bebê ficou intacto, mesmo depois de ter rolado 15 degraus. Os vizinhos chamaram a polícia e a ambulância que a socorreu. Com a chegada da polícia, meu pai saiu rapidamente e assim, perdemos totalmente o contato com ele. A criança nasceu, mas a situação estava precária, além do bebê recém -nascido tínhamos uma dispensa vazia e minha mãe estava sem trabalho. Chegou a primavera, os dias passavam, mas em nossa casa, nada florescia. Estávamos tristes com a ausência de meu pai, que segundo comentários, vivia nos bares da redondeza, mas que por medo ou outros motivos, que só ele saberia explicar, não voltou para casa. A situação não melhorava os meses se passando, e vivíamos apenas com a ajuda de cestas básicas que ganhávamos de igrejas ou vizinhos. Ajudava mas não muito, pois minha mãe tinha agora dois filhos para criar, a comida era pouca e ainda tínhamos água e luz para pagar. Com tantas dificuldades, em uma reunião de família, minha mãe concordou em dar minha irmã para uma tia criar, em Minas Gerais. A despedida foi dolorosa, mas em meio a lágrimas da minha mãe, havia o conformismo de que era o melhor a fazer. Eu e minha mãe fomos morar na casa de outra tia. Mudamos de bairro e assim acabamos perdendo nossa casa, que foi invadida por marginais. Morando na casa da minha tia e sem ter notícias do meu pai, eu sofri muito. Eu era pequena e sentia muita falta dos seus abraços, mesmo cheirando a cachaça. Já tinha me acostumado, pois era assim diariamente. Por quatro anos não tive contato com meu pai. Apenas as lembranças me faziam chorar muito. No pré, lembro-me das festinhas de dia dos pais, e eu, uma das poucas crianças que estava somente com a mãe. Eu as invejava muito. Ter homens fortes, altos ao lado delas. Ao meu lado, uma mulher frágil que tentava criar sua filha com dignidade. Minha mãe sofria muito pela ausência de minha irmã caçula. O amor que minha mãe sentia por meu pai não havia acabado mesmo como decorrer dos anos. Minha mãe, já estabilizada resolveu procurar por ele. Descobrimos que ele morava no nosso bairro e trabalhava em uma padaria. Minha mãe ficou muito feliz e decidiu visitá-lo. Ele trabalhava e morava sozinho em uma pensão masculina. Saímos da casa da minha tia e fomos visitá-lo, na esperança de que ele tivesse melhorado. Após alguns meses de felicidade, nos deparamos com a realidade do alcoolismo. Ele apenas disfarçava ter parado de beber. Quando sóbrio, nos mostrava, de forma clara, a bondade de seu coração. Os anos foram se passando e meus pais, morando em casas separadas, e ao mesmo tempo juntos. Para mim, agora com 12 anos, era filha de pais modernos e a melhor solução para evitar conflitos. Nessa mesma época, com 12 anos, encontrei meu primeiro emprego. O salário não era bom, nem para uma menina de 12 anos e a responsabilidade continuava. Meu pai bebendo muito e minha mãe sempre com esperança de termos uma vida melhor. Quando eles discutiam, meu mundo desabava, pois tinha a escola, meu segundo emprego, quanta responsabilidade. Fui obrigada a amadurecer precocemente. Meu pai bebendo muito e agora minha mãe, desempregada. Eu já não aguentava mais, tantos problemas juntos. De melhor aluna da sala, passei a ter um rendimento ruim. Estava sempre estressada, preocupada e pensando como solucionar tudo. Quando tentava resolver algo, logo me frustrava, pois meu pai não parava de beber. Conversei muito com ele, chamava sua atenção, tentava entender porque ele bebia tanto.  Eu achava que em meio as nossas conversas ele podia melhorar. Nada de resultados. Fui ficando dispersa, sai dos meus empregos e ninguém mais trabalhava em minha casa. Vivíamos do pouco que meu pai nos dava. Isso quando ele não gastava seu salário todo em bebida. Voltamos ao fundo do poço, só que agora junto com meu pai. Chegamos ao ponto de não termos gás, arroz e quando tínhamos, faltava feijão. Fomos aprendendo a viver. Discutia com meu pai, exigia melhoras, queria acender dentro dele a chama do meu super herói, apesar de tudo, é assim que eu o imaginava. Quando tinha 14 anos, nova separação. Minha mãe me proibia de visitá-lo, ela percebia minha indignação com as atitudes dele e por outro lado ela tentava esconder de mim outra triste verdade, que meu pai, além de alcoólatra era também usuário de drogas. A vida dele foi se acabando, perdeu a confiança do patrão, que o demitiu depois de tantas faltas. Ele já não tinha onde morar, porque não tinha como pagar o aluguel da pensão e foi convidado a se retirar. Morando nas ruas e com facilidades de se consumir drogas, chegou a um estado deplorável. Já não mais tomava banho, não cortava o cabelo. Para ter dinheiro para comprar drogas, fazia um bico ou outro, descarregando frutas na feira. Em uma tarde, minha tia paterna, passando por uma rua o reconheceu e sem pensar duas vezes o abraçou, colocou-o dentro do carro e o levou para sua casa. Deu-lhe banho, comida e entre outros. Morando com minha tia, passou a frequentar a igreja onde ela é pastora e converteu-se. Sua história foi refeita. Hoje, aos 17 anos relato feliz o fim do meu sofrimento que durou 14 anos. Meu pai casou-se com uma mulher da sua igreja, tem seu próprio negócio e hoje é concorrente do seu antigo patrão. Eu sempre soube que meu herói iria voar tão alto quanto à força da minha esperança, que pedia a Deus todos os dias para guardá-lo com carinho.
Texto escrito por aluna do 1º ano Ensino Médio da escola que leciono.






terça-feira, 10 de abril de 2012

SEXUALIDADE – COMPORTAMENTO


SEXUALIDADE – COMPORTAMENTO

Os homens dizem ter medo de mim. É por isso que não consigo um namorado?

Os homens dizem que têm medo de mim, e isso esta me deixando aflita. Será que tenho algum problema? Será que é por isso que não tenho um namoro serio?

Talvez algum tipo de atitude que você toma esteja assustando os homens. Será que você anda muito brava ou tem um jeito muito controlador? Que tal uma reflexão um pouco mais profunda sobre isso? Ou será que são suas escolhas que não estão dando conta de uma personalidade mais forte, como parece ser a sua? Que tal um papo com um terapeuta para mapear essas atitudes?

Se uma mulher trair o marido, o formato da vagina pode mudar?

Se uma mulher casada trair o marido com um cara de pênis maior, sua vagina vai ficar mais larga e profunda?

A vagina é um órgão elástico, ou seja, ela pode alterar seu tamanho na hora da penetração, ficando mais larga e mais profunda e, depois, volta ao seu tamanho original. Ou seja, se uma mulher transar com um homem de pênis maior, provavelmente, o tamanho da sua vagina não ficará alterado depois da relação ter acabado.

Sou casado e quero comprar um vibrador para minha esposa. Isso é legal?

Sou casado há dois anos, tenho uma vida sexual boa e estou pensando em comprar um vibrador para minha esposa. Será que é legal?

Antes de comprar, que tal conversar com ela, para saber o que ela acha da história? Tem mulher que curte o uso de "brinquedos" como vibradores, já outras não curtem a ideia nem um pouco. Fale com ela a respeito e evite surpresas desagradáveis.

Desde que minha filha nasceu há 4 anos não tenho tesão em minha esposa.

Sou casado desde 2002 e desde o nascimento da minha filha (4 anos) não tenho a menor vontade de fazer sexo com minha esposa e ela acabou se acostumando com isso. O que fazer?

Seria boa ideia vocês conversarem sobre o assunto, para que juntos possam buscar alternativas para essa falta de interesse comum que vocês tem em relação ao sexo. Muitas vezes o nascimento de um filho altera totalmente a rotina do casal, mas é esperado que ocorra uma volta às atividades habituais depois de alguns meses. Se for muito difícil essa conversa só entre vocês, que tal a mediação de um terapeuta?

Meu namorado pede pra ser estimulado na região do ânus. Ele é gay?

Namoro com um rapaz e tentei, por algum tempo, colocar a mão perto do ânus dele para estimular, sem sucesso. Agora ele até pede para eu fazer isso. Será que ele tem tendência a gostar deste tipo de atividade?

Não é pelo fato de você explorar essa região do corpo do seu namorado e ele curtir, que se pode dizer que ele tenha uma tendência a um comportamento homossexual. Muitos homens que gostam desse tipo de estimulação não são gays e, muitos gays não curtem esse tipo de estimulação. Ou seja, é uma região do corpo, como outra qualquer, que pode dar menos ou mais prazer às pessoas.

É normal um amigo ficar olhando para o pênis do outro?

 Em algumas fases da adolescência é comum uma certa curiosidade para saber como o corpo dos amigos está se desenvolvendo. Mas também há alguns garotos que, nessa fase da vida, começam a sentir atração por pessoas do mesmo sexo. Essa atração pode ser transitória, em um momento de passagem para vida adulta, ou ainda, ela pode se tornar mais permanente, no caso do garoto vir a se tornar homo ou bissexual. Na dúvida, converse com um terapeuta.

Nunca me apaixono por quem tenho tesão. O que faço?

Sou gay e tenho um problema. Só me apaixono por homens quem não sinto tesão e, sinto tesão pelos que não me apaixono. Aos 14 fui molestado por um parente mais velho. Não sei se isso teve influência! Hoje eu separo uma coisa da outra. Isso me atrapalha. O que faço?

Talvez a melhor forma de resolver essa dificuldade de juntar sexo e paixão seja conhecer alguém bacana, com quem consiga vivenciar tudo isso junto. Talvez o abuso na infância tenha um impacto em sua sexualidade hoje. Quer saber? Terapia bem feita pode ajudar você nessa fase de descobertas na sua vida. Tente!

Fonte: Dr. Jairo Bouer. As informações contidas nesta página são de responsabilidade de seus autores e não necessariamente refletem as recomendações e opiniões da Bayer HealthCare Pharmaceuticals

DST / AIDS


DST / AIDS

Um travesti fez sexo oral em mim. Corro riscos?

Um travesti me masturbou e fez sexo oral em mim sem camisinha. Corro riscos? Estou com medo!

Você não corre maiores riscos, se foi você quem recebeu o sexo oral, já que a saliva tem baixa chance de transmitir uma DST. Mas, do ponto de vista prático, muita gente que diz que só recebeu, muitas vezes praticou também o sexo oral, o que exporia a pessoa ao contato com os líquidos que saem do pênis ou da vagina e, aí sim, haveria risco de contaminação por DSTs.

Fui ao cabeleireiro e ele usou uma gilete, corri risco em relação ao HIV?

Fui ao cabeleireiro e ele usou uma gilete que não sei se foi trocada ou não. Corro algum risco em relação ao HIV?

As lâminas usadas no salão do cabeleireiro, usadas para aparar as laterais ou parte posterior da cabeça, dificilmente provocam cortes ou sangramentos, já que essa região da pele é mais resistente. Além disso, em geral, é feito o uso de um aparelho (aparador). Já para as lâminas utilizadas para fazer a barba é bom que sejam trocadas sempre, já que elas podem provocar machucados com maior facilidade. Para remover cutículas, alicates e pinças também devem ser esterilizadas, ou trocadas a cada cliente.



Sexo oral sem camisa transmite HIV para quem faz e para quem recebe?

Sexo oral sem camisa transmite HIV para quem faz e para quem recebe ou só para quem faz?

O risco maior para o sexo oral e para outras DSTs existe mais para quem faz. Quem recebe está exposto a poucos riscos, já que praticamente só tem contato com saliva.

Tenho HPV e estou tratando. Pode passar da vagina para o ânus?

Estou com HPV e já estou tratando. Gostaria de saber se pode passar da vagina para o ânus, usando uma toalha, papel higiênico, etc. Se sim, existe algum sintoma no ânus? Qual o tratamento?

Em teoria, o HPV pode passar sim da região da vagina para a região do ânus, principalmente se a lesão na vagina for externa. O sintoma que você poderia perceber é o aparecimento de lesões do tipo verrugas na região anal e, a certeza do diagnóstico só mesmo com o médico. O tratamento vai depender da forma e da localização de uma eventual lesão.

Penetrei um travesti por 10 segundos e gozei. Corro risco?

Penetrei em um travesti por 10 segundos e gozei. Logo tirei e lavei com muita água e sabonete. Corro o risco de alguma doença. Pelo pouco tempo o risco é menor?

Pouco tempo o risco é menor, mas ele existe sim! Converse com seu médico e considere a hipótese de usar esquema de prevenção ao HIV por um mês.

Sou uma garota gay e namoro. Somos vírgens e tenho dúvidas na hora de fazer sexo

Sou uma garota gay e tenho namorada. Nós duas somos virgens. Minha amiga falou que quando faz sexo com a namorada dela introduz o dedo, mas tenho medo. Isso pode machucar? Corro risco de DST no sexo oral, sendo que ela é virgem?

O único risco na introdução do dedo na vagina é o rompimento do hímen ou um machucadinho na mucosa da vagina, que pode acontecer se a introdução for um pouco mais vigorosa. Na prática do sexo oral, se as duas nunca ficaram com ninguém, o risco de uma DST é pequeno mesmo, mas é sempre bom se cu Eu e minha namorada éramos virgens, podemos praticar sexo sem camisinha?

Eu e minha namorada éramos virgens e temos o habito de praticar sexo oral sem camisinha. Existe algum risco de um transmitir algo para o outro, mesmo sem parceiros anteriores? O mesmo vale para sexo anal e vaginal?

Como vocês não tiveram outros parceiros é pouco provável que transmitam uma DST de um para outro. Mas, infelizmente existem algumas exceções. Uma delas acontece quando um dos dois do casal desenvolve uma infecção, causada por um microorganismo que já habita seu corpo como, por exemplo, a candidíase (um fungo). Nesse caso, no momento da relação sem proteção, um pode passar para o outro. O vírus da herpes é outro exemplo. O ideal é que o casal possa se proteger o máximo que puder.

 Apareceram umas verrugas no meu pênis. O que pode ter provocado isso?

Apareceram umas verrugas no meu pênis. O que pode ter provocado isso? O que faço pra elas sumirem?

Tem que procurar um médico (urologista ou dermatologista) para avaliação e tratamento. Verrugas no pênis, até que se prove o contrário, é um sinal de infecção pelo vírus HPV, que é transmitido pelo sexo sem proteção. Um médico pode confirmar o diagnóstico e passar o tratamento correto. Nesse período lembre-se do risco de transmitir o HPV para suas parceiras e da importância de usar camisinha.

Fonte: Dr. Jairo Bouer. As informações contidas nesta página são de responsabilidade de seus autores e não necessariamente refletem as recomendações e opiniões da Bayer HealthCare Pharmaceuticals.


SEXUALIDADE - PREVENÇÃO


Usei a pílula do dia seguinte e estou sem saber se estou grávida ainda.

Tive uma relação desprotegida possivelmente no meu período fértil, mas não tenho certeza porque meu ciclo é irregular. Após meia hora tomei a pílula do dia seguinte e 5 dias depois veio um sangramento (10 dias antes do previsto), que apenas 2 dias. Meus seios estão doloridos. Estou grávida ou ainda vai descer?

Provavelmente o sangramento aconteceu em função do efeito da pílula do dia seguinte e, ele é mesmo mais curto e menos intenso do que o da menstruação convencional. Quando isso acontece é pouco provável que você engravide. De qualquer forma seria boa ideia você checar com seu ginecologista se está tudo em ordem e pensar no uso de pílula convencional para o futuro. Os seios doloridos podem ser conseqüência da ação dos hormônios em dose mais alta da pílula do dia seguinte.


A camisinha estourou mas tomo pílula. Mas passei mal 6 hs depois. Perdeu efeito?

Tive relações com meu namorado no domingo e a camisinha estourou. Tomo anticoncepcional certinho, então fiquei tranquila. O problema foi que ontem tive diarréia e vômito, mas foi 6 horas depois da ingestão da pílula. Há riscos?

Seis horas após a ingestão da pílula, a maior parte do hormônio da pílula já foi absorvida pelo corpo. Além disso, como você faz uso regular do método, tem uma proteção mais garantida para seu ciclo. O risco nesse caso é mínimo.

Não dou pausas entre as cartelas de pílula e fico sem menstruar. Algum problema?

Fui orientada a fazer uso do contraceptivo com pausa de sete dias. Entretanto, há 03 meses não faço essa pausa e quando acaba uma cartela, dou continuidade ao uso e fico sem menstruar. Acontece que agora no terceiro mês menstruei um fluxo fraco. Algo errado?

Não é boa ideia trocar o jeito de tomar qualquer remédio (principalmente a pílula) sem orientação do médico. Tomar as cartelas continuamente, sem fazer pausa, é uma possibilidade, desde que feita sob supervisão, do especialista. Assim, ele poderia explicar que esse sangramento de meio de ciclo, mais fraco, pode acontecer mesmo e ele poderia checar se há a necessidade ou não de trocar o tipo de pílula para essa forma de uso contínuo.

Uso anticoncepcional injetável e perdi data de aplicação, continuo mês que vem?

Tomo o anticoncepcional injetável e começa todo dia 12. Só que nesse mês não pude tomar no posto porque estava viajando. Posso tomar dia 12 do próximo mês normalmente?

Os injetáveis mensais permitem uma variação de três dias depois e três dias antes da data que seriam aplicados. Assim, você poderia ter recebido a injeção três dias antes ou depois do dia 12. Como não aconteceu isso, você deve esperar o dia de início do próximo sangramento para reiniciar novo ciclo e, daí, passar a tomar nesse novo dia. Da próxima vez que planejar viajar no dia do remédio, tome em outro local ou converse com seu médico para bolar uma estratégia. E lembre-se que até sua próxima injeção, você não está protegida de uma gravidez.

Transei sem camisinha e ele ejaculou dentro. Tomo a pílula do dia seguinte?

Transei sem camisinha e o menino gozou dentro. Cheguei em casa e tomei pílula normal, mas não usava o antes e tomei até o famoso chá de canela (tudo em menos de 20 minutos depois da relação ). Quais as possibilidades de engravidar? Tomo a do dia seguinte? Faz menos de 14 horas que transei!

O ideal é que você ligue para seu ginecologista, que vai checar se você estava no seu período fértil e, se necessário, receitar a pílula do dia seguinte, que deve ser usada até 72 horas depois da relação suspeita. Uma pílula isolada das convencionais, para quem não tomava antes de forma regular, não resolve. Chá de canela é gostoso, mas não funciona. Da próxima vez não se esqueça de camisinha.

Tive uma relação desprotegida após outra com camisinha. Corro risco?

Tive a primeira relação, com camisinha. Daí, esperei uma hora e meia e tive a segunda, sem camisinha por algum tempo. Pode ter ficado espermatozóides vivos na uretra da primeira relação, mesmo tendo urinado entre as duas relações?

Sim, pode! A urina pode eliminar parte deles, mas nem sempre todos. Por isso é que a gente insiste no uso da camisinha em todas as relações sexuais, certo?

Transei sem camisinha, mas a menstruação veio sem atraso. Há risco?

Acabei me envolvendo com uma pessoa errada. Sempre tomei anticoncepcional e minha menstruação veio dia 01/08/2011. Tivemos uma relação em 11/08/11 (estava em período fértil). Foi sem preservativo, mas ele gozou fora. Daí minha menstruação veio em 28/08/11, sem atraso. Há risco?

Provavelmente não há risco de gravidez! Use pílula regularmente e da forma indicada pelo médico (mesmo horário todos os dias), respeitando a pausa de uma semana e, você estará protegida de gravidez. Tomando pílula, você não tem mais período fértil, uma vez que deixa de ovular. Agora se você acha que ele é a pessoa errada, que tal, além da pílula, usar camisinha para prevenir DSTs?

Estou amamentando e tomei pílula do dia seguinte.

Transei sem camisinha há 9 dias mas meu parceiro não ejaculou dentro. Estou amamentando e não menstruo. Sei que não devia, mas tomei pílula do dia seguinte. Posso estar grávida? Como saber?

Quem amamenta não deve tomar pílula do dia seguinte, já que os hormônios estrogênicos que estão nesse tipo de pílula não devem ser passados para o bebê. Além disso, amamentando regularmente (pelo menos nos primeiros meses de amamentação), o risco de gravidez é pequeno (já que, em geral, a mulher deixa de ovular). Sem ejaculação dentro, o risco é ainda menor. Se já amamenta há mais tempo é importante discutir com o médico o uso de anticoncepcionais específicos, que podem ser utilizados nesse período da amamentação. Sua chance de gravidez é mínima nesse caso, mas para ter certeza só com exame.

Fonte: Dr. Jairo Bouer. As informações contidas nesta página são de responsabilidade de seus autores e não necessariamente refletem as recomendações e opiniões da Bayer HealthCare Pharmaceuticals.

SEXUALIDADE - GAROTAS


Quero ser mãe. Quanto tempo demora para conseguir engravidar?

Quero ser mãe. Quanto tempo demora para conseguir engravidar?

Depende! Os especialistas dizem que a chance da mulher engravidar se tiver uma relação, sem prevenção, no seu período fértil é de cerca de 20%. Ao longo de um ano, 80% dos casais que estão tentando engravidar, conseguem obter êxito.

A vagina da mulher "fede" mesmo ou existe uma vagina cheirosinha?

A vagina da mulher "fede" mesmo ou existe uma vagina cheirosinha, com cheiro da carne mesmo?

Não é normal a vagina ter mau cheiro. O padrão é um cheiro natural, que não incomoda o casal. Se existe um cheiro forte é porque, provavelmente, há uma infecção que precisa ser tratada. Procure o ginecologista!

Tenho 21 e sou virgem. Sempre que começo a me envolver, perco interesse.

Tenho 21, sou virgem por escolha e até hoje não consegui me envolver com nenhum rapaz. Começo a paquerar e logo me desapego. Isso é normal?

Cada garota tem um momento certo para se envolver com outra pessoa. Se ainda não apareceu ninguém que mexeu com você, é porque, provavelmente, você não está ainda aberta para esse tipo de contato. As pessoas têm necessidades distintas em tempos diferentes. Espere mais um pouco, que logo deve surgir um envolvimento maior.

Depois que minha namorada perdeu a virgindade a menstruação vem sempre atrasada.

Minha namorada era virgem e teve a primeira vez dela comigo. A partir daí, a menstruação dela passou a vir atrasada (mudou a data até). Isso é normal?

Podem acontecer atrasos e irregularidades porque a garota é muito nova, ou, porque o início da vida sexual alterou as emoções dela e, isso mexe no ciclo. Mas o importante é vocês se protegerem sempre, usando camisinha e um método anticoncepcional.

Como se usa lubrificante adequadamente?

Como se usa lubrificante adequadamente?

O lubrificante correto para ser usado com as camisinhas é aquele feito à base de água, que está a venda nas farmácias. Ele deve ser colocado no momento da penetração, em volta da camisinha e, também, na entrada da vagina. Assim, ele garante uma penetração mais fácil e menos desconfortável.

Falta de ovulação pode deixar o útero baixo (arriado)?

Falta de ovulação pode deixar o útero baixo (arriado)?

A falta de ovulação não deixa o útero baixo. Útero retrovertido (mais voltados para trás) pode acontecer em algumas mulheres, mas não tem relação com problemas de ovulação e nem são mais "baixos" que os úteros voltados para frente

Minha primeira vez foi há 4 anos. Não transei mais depois. Voltei a ser virgem?

Minha primeira vez foi há quatro anos. Não transei mais depois. Posso talvez ter voltado a ser virgem?

Ninguém volta a ser virgem. O hímen não torna a se recompor após seu rompimento que, em geral, se dá na primeira vez da garota.

Tentei transar, mas senti muita dor na penetração. Ainda sou virgem?

Eu e meu namorado fomos ver até onde eu aguentaria a dor da penetração (pois ainda sou virgem). Não era a intenção fazer sexo mesmo! Mas nisso o pênis dele acabou entrando mais da metade e estava doendo muito, muito mesmo. Será que ainda sou virgem ou realmente perdi?

Pode ser que o hímen tenha se rompido, já que ele se localiza a poucos centímetros da entrada da vagina. Em geral, acontece um pequeno sangramento no rompimento, mas ele não é obrigatório. E é bom lembrar que a dor na penetração pode ter outras causas, que não necessariamente a ruptura do hímen. Pouca dilatação e lubrificação da vagina podem tornar a relação muito incômoda. Para ter certeza, só consultando um ginecologista.

Fonte: Dr. Jairo Bouer. As informações contidas nesta página são de responsabilidade de seus autores e não necessariamente refletem as recomendações e opiniões da Bayer HealthCare Pharmaceuticals.

SEXUALIDADE - GAROTOS


Não ejaculei em uma transa. Como evitar isso novamente?

Conheci uma garota há algum tempo, fomos ao motel, tudo estava indo bem, fiz preliminares, ela começo a me masturbar e não consegui gozar. Nunca tinha acontecido antes. Fiquei mal. Como posso evitar isso no futuro?

Falhas eventuais tanta na ereção como na ejaculação podem acontecer com todos os homens. Não se preocupe com isso e, nas próximas vezes, não fique encanado e focado na sua ereção e orgasmo. Tente curtir o momento de intimidade com sua parceira e novos problemas não devem acontecer. Em geral, as causas dessas dificuldades em homens jovens são ansiedade e inexperiência.

Acho meus testículos pequenos comparados ao meu pênis. O que faço?

Sou alto, magro e tenho 16 anos, quase 17. Sinto que meus testículos são pequenos para minha estatura e tamanho do pênis. Isso é normal?

Pode ser normal sim! Talvez você ainda não tenha completado o desenvolvimento físico da puberdade e, dessa forma, seus testículos ainda não estariam em seu tamanho definitivo, podendo crescer ainda mais.

Não mostro meu pênis para médicos, família e amigos porque ele fica ereto.

Tenho vergonha de mostrar meu pênis para médicos, família e amigos porque ele fica ereto.O que faço?

Para família e amigos, você não precisa sair por aí, mostrando o seu pênis. Já para o médico, se você tiver algum problema no pênis, que necessita ser avaliado e, se eventualmente, uma ereção acontecer, não se preocupe. Ele sabe que aos 14 anos, você ainda tem pouco controle sobre esse tipo de manifestação e deve encarar com naturalidade a situação.



Meu pênis ficou vermelho e os medicamentos indicado não fazem efeito. O que faço

Meu pênis ficou vermelho, coçando e não consigo ter relações. Já fui duas vezes ao urologista, que passou creme antifúngico e, depois, como não resolveu pomada com antibiótico e remédio para fungo. Mas não melhorou! O que fazer?

Cheque com um dermatologista. Pelo que você descreve pode se tratar mesmo de uma infecção por cândida (um fungo) e, nessa caso, sua parceira também deveria ser tratada. Se o problema for uma alergia a algum tipo de produto (roupa, perfume, sabonete, camisinha, etc) é importante que o médico possa prescrever, também, um remédio que tenha esse perfil. Faça uma nova reavaliação.



Tenho pênis de 22 cm e prefiro sexo oral, isso é normal?

Tenho 25 anos e um pênis de 22 cm. Gosto mais de receber sexo oral do que de transar. Isso é normal? O tamanho do pênis pode ser herdado da mãe também?

O tamanho do pênis (como a maior parte dos caracteres do nosso corpo) deve receber informações genéticas do pai e da mãe. Assim um pai com pênis pequeno pode, e, teoria, ter um filho com pênis grande e vice-versa. O tamanho não tem relação com o fato de você preferir sexo oral a transar. Essa é uma preferência particular sua.

Quanto tempo, tenho que ficar sem me masturbar para ter polução?

Eu me masturbava com freqüência e por isso nunca tive polução noturna. Mas tenho curiosidade em saber quanto tempo tenho que ficar sem me masturbar para ter polução?

Depende muito! Não há um padrão para isso. Mesmo homens que sempre se masturbam podem ter polução, bem com homens que nunca se masturbam podem não experimentar a polução noturna (ejaculação espontânea que acontece quando o homem dorme). Assim sendo, só resta esperar pelo fenômeno. De uma maneira geral, se você não se masturbar, talvez tenha. Mas isso, como já foi dito, não é uma garantia absoluta, ok?

Meu pênis amolecido fica dentro, mas ereto ele fica fora. É assim mesmo?

Meu pênis amolecido fica para dentro, mas ereto ele fica normal e para fora. Isso acontece porque estou acima do peso?

Isso que você descreve é absolutamente normal. Quando o homem fica excitado, o pênis aumenta de tamanho e sai do prepúcio (pele que recobre a glande ou cabeça). Já quando ele está flácido, fica para dentro. Não tem nada a ver com o fato de você estar um pouco acima do peso.

É normal ter bolinhas dentro dos testículos? Pode ser câncer?

É normal ter umas bolinhas dentro dos testículos? Estou com medo de ser câncer!

Existem, além dos dois testículos (duas bolinhas mais duras que ficam dentro do saco escrotal), algumas outras estruturas, como epidídimo e canais, que também podem ser "sentidos" como pequenos volumes quando você toca na sua bolsa escrotal. Mas se você percebeu alguma "bolinha" nova, sente dor, ou está com alguma alteração no sêmen ou na urina, é importante ir ao médico para que ele faça uma avaliação geral.

Fonte: Dr. Jairo Bouer. As informações contidas nesta página são de responsabilidade de seus autores e não necessariamente refletem as recomendações e opiniões da Bayer HealthCare Pharmaceuticals


Tensão Pré Menstrual, Dr. Luiz Bahamondes,

Tensão Pré Menstrual, Dr. Luiz Bahamondes,
Formado pela Faculdade de Medicina da Universidade Nacional de Córdoba – Argentina, radicado no Brasil desde 1977, o Dr. Luis Bahamondes é Professor Titular do Departamento de Toco-Ginecologia da Faculdade de Ciências Médicas da UNICAMP (Universidade de Campinas). Coordenando e atendendo no CAISM - Centro de Assistência Integral à Saúde da Mulher, conhece muito bem os sintomas e conseqüências da TPM para a mulher, participando, inclusive, de grupos internacionais de estudo sobre o tema. O Dr. Bahamondes deixou um pouco suas atividades para conceder esta entrevista ao programa ATO e dividir um pouco seus conhecimentos sobre a TPM, que hoje em dia afeta a qualidade de vida da mulher. Conhecer seus sintomas e como combater esta situação representa condição essencial para a mulher ter uma vida saudável e produtiva.
por Susana Denicol
1) O que é tensão pré-menstrual - TPM?
R. É um conjunto de sintomas físicos e psicológicos que acometem a mulher alguns dias antes da menstruação e que desaparecem quando a mulher menstrua.

2) O que causa a TPM?
R. Existem várias teorias para explicar a TPM, entre elas, causas genéticas, aumento de alguns hormônios no corpo, retenção de líquidos e stress.

3) Como a TPM afeta a qualidade de vida das mulheres?
R. A vida das mulheres é profundamente afetada pela TPM, dependendo da severidade dos sintomas, com baixa produtividade no trabalho motivada pela falta de concentração e energia, faltas ao trabalho, abandono temporário das atividades esportivas e do lazer, afeta a vida conjugal, as relações sexuais, etc.

4) Quais são os sintomas da TPM?
R. São vários os sintomas da TPM,sendo as queixas mais comuns: a retenção de líquidos com inchaço, conhecido como edema, dores tipo cólicas no baixo ventre , nervosismo, irritabilidade, dor nas mamas, chegando nos casos mais graves aos sintomas psiquiátricos. Boa parte dos crimes, atos violentos e acidentes entre mulheres ocorrem nos dias anteriores à menstruação.

5) Como posso saber se tenho TPM?
R. A mulher deve consultar seu médico ginecologista, o qual tem uma série de gráficos e tabelas de sintomas para serem preenchidos com a finalidade de avaliar se uma mulher tem ou não TPM.

6) A TPM tem cura?
R. Sim, existem numerosos medicamentos que ajudam a resolver o problema.

7) Existem tratamentos para todos os sintomas da TPM?
R.Sim, existem numerosos medicamentos que ajudam a resolver o problema.

8) Dizem que a pílula contraceptiva é indicada para o tratamento da TPM?
R. Sim, no entanto, não são todas as pílulas que resolvem o problema da TPM, devem ser utilizadas aquelas que possuem um hormônio similar ao produzido pela mulher, que impede a retenção de líquidos, preferencialmente com menos dias de intervalo entre as cartelas.

9) Por quanto tempo a mulher deve tratar a TPM?
R. O ideal seria entre 6 meses e um ano, para em seguida reavaliar com o médico o que acontece. A critério do médico ela poderá permanecer por períodos maiores utilizando o tratamento para evitar que os sintomas reapareçam.

10) Que atitudes adotar no dia a dia para prevenir ou minimizar o impacto da TPM na vida das mulheres?
R. A prática de exercícios físicos pode ajudar pois aumenta a sensação de bem estar, uma dieta equilibrada, com baixa quantidade de calorias e rica em vitaminas e sais minerais, além da adoção de um comportamento que ajude na redução do stress, evitando situações de confronto e tensão pode ajudar na melhoria dos sintomas de TPM.

As informações contidas nesta página são de responsabilidade de seus autores e não necessariamente refletem as recomendações e opiniões da Bayer HealthCare Pharmaceuticals.